segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Acolhimento
A adaptação é um período sensível para todos os envolvidos. Para as crianças que precisam conhecer os diferentes espaços, futuros amiguinhos e pessoas desconhecidas que passarão a cuidar delas e a fazer parte de seu universo simbólico. Para os pais que muitas vezes tem que superar o receio de deixar seus filhos aos cuidados de até então desconhecidos. Para educadores e professores que terão que conhecer as preferências, a forma de se comunicar e de se relacionar de cada criança e criar um ambiente acolhedor. Para o diretor e pedagogo que terão que administrar essas mudanças na vida de todos, inclusive as deles.
Quase toda mudança gera insegurança, incerteza, ansiedade, expectativas das mais diversas, sentimentos bons outros nem tanto...
Por isso essa mudança tão importante na vida de todos precisa de um período de adaptação. Um tempo no qual o desconhecido passará a ser conhecido, o incerto a certo.
Para que tudo isso transcorra de uma forma tranqüila é preciso que todos saibam da importância dessa fase e de tudo que ela traz e representa para todos os envolvidos. É preciso falar e ouvir o que estamos sentindo, perceber que não estamos sozinhos; é preciso abrir espaço para acolher a todos.
Considerando tudo isso o CMEI oportunizou um momento de acolhida para os pais, no qual puderam ouvir sobre a fase de adaptação, falar sobre suas questões e sensibilizar o olhar sobre essa fase revivendo sua época de criança, o seu ingresso na instituição de ensino. O encontro foi uma experiência rica com relatos que suscitaram reflexões sobre desenvolvimento, mudanças pessoais, mudanças que envolveram nossa sociedade e o conceito de infância.
Depoimentos dos pais e avós:
“...freqüentei poucos dias porque não me adaptei, chorava muito e brigava com as educadoras.”
“Eu não freqüentei CMEI fui direto para a escola, entrei na primeira série. Eu era uma criança muito tímida, demorei a me adaptar e fazer amigos, ficava sempre sozinha na hora do recreio...”
“Apanhei com régua nos dedos por estarem sujos de terra, morava num sítio, sentia vontade de falar e tinha medo”.
“Eu achava muito legal poder escrever no quadro minha professora nos deixava desenhar quando estava quase acabando a aula”
“Eu me senti muito insegura, com medo, chorava o tempo todo, só queria minha mãe... eu tive muita dificuldade pra me adaptar”
“O meu primeiro dia de aula foi muito bacana, tive uma adaptação muito boa, sempre fui muito comunicativa. Hoje vi na minha filha o mesmo que eu vi em mim no meu primeiro dia de aula”
“A esperança era de a minha mãe voltar a me buscar. Ai que medo! Eu morria de medo da mãe me deixar”
Essa experiência nos fortaleceu e nos uniu numa certeza e num propósito de fazermos junto o melhor para nossas crianças.
Jocelaine e Rafaeli.
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